Outro dia conversava com uma amiga pelo msn e disse a ela que precisávamos marcar um outro encontro divertido igual o que haviamos feito em minha casa a uns meses atrás, ela prontamente me disse que sim, mas em seguida me disse algo que me deixou bastante comovida: - Sabe Karla, eu sou bem reservada com minhas amizades, mas tenho tido muitas decepções com amigos e realmente espero que nos encontremos mais vezes, porque gosto muito da tua familia. Num primeiro momento eu fiquei feliz que ela gostasse da bagunça da minha familia, em geral de estar com nós, mas depois fiquei impressionada da forma como ela colocou essas palavras...digna de uma pessoa que já está cansada de se enganar, de um ser humano decepcionado.
Decepção...essa palavra é muito forte, mas mais forte do que a palavra é o sentido que ela tem e a forma como ela se apresenta a nós. A maior decepção que uma pessoa pode ter é de uma outra pessoa, acreditar em alguém em que achamos ser um amigo, confiar, revelar particularidades, fazer pequenos favores, porque quando acreditamos em alguém queremos mostrar que somos confiáveis também...eu não sou do tipo de pessoa que fica controlando o que fala e desconfiando de todo mundo, mas já tive diversos motivos pra isso, o problema é que nem todas as pessoas são iguais a mim, e geralmente pessoas muito sensíveis tendem a sofrerem mais com desilusões o que acaba causando um tremendo trauma psicológico.
Eu como muitas das pessoas que conheço, ODEIO gente falsa, gente que se aproxima dos outros por interesse, por inveja, ou por qualquer outro sentimento torpe, e o que de pior que a falsidade pode fazer é deixar uma pessoa de sentimentos nobres com uma enorme mancha negra no coração e na cabeça, manchas que não se apagam, que a deixam de sobreaviso constante, com medo de se entregar a um simples momento. Eu não costumo perdoar esse tipo de traição...já perdoei, e sei que se a pessoa não é confiável, nunca será e quem deve mudar é você, mas não com todo mundo e sim com quem lhe fizer o mal. Parece difícil de acreditar mas pessoas boas são a grande maioria, o problema é que alguns bons ficam de braços cruzados deixando a maldade acontecer. Quanto a minha amiga quando ela ler esse post vai imediatamente saber que estou falando dela, e gostaria de dizer que: - Sim, você pode confiar em mim, sou sua amiga pro que der e vier e sou feliz por ter uma pessoa assim ao meu lado, que goste de mim e de minha familia, que esse sentimento é recíproco e que se depender de mim esse nó de amizade não se desata nunca mais!
E eu discordo que temos que ser precavidos quanto aos sentimentos, ficar de pé atrás com quem não conhecemos e até com quem conhecemos, temos que nos entregar sempre, viver de verdade, independente do que venha acontecer, os sentimentos devem ser aflorados, não vamos viver eternamente e se der errado nunca seremos nós os perdedores e sim os que nos fizerem mal, perderão o que poderia ter sido um grande amigo. De uns tempo pra cá parece ser feio amar, demonstrar afeto, ser amigo, confiar, acreditar, isso não é e nunca foi feio. Feio é enganar, magoar, trair, mentir, fingir e machucar pessoas com o coração aberto para compartilhar amor.
domingo, 26 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Mudando de opinião
Eu como um monte de pessoas ás vezes tenho uns rompantes idiotas, como o de nem conhecer uma pessoa e já sair tirando conclusões preciptadas que muitas vezes não condizem com a realidade, nem sei dizer quantas vezes já fiz isso, mas ainda bem que não falo para os outros, guardo pra mim, e fico mentalizando que a pessoa faça algo de positivo ao meu ver para que eu possa mudar de opinião. Como se as pessoas dependessem da minha opinião pra viver...hahahahah. Mas é claro que esse é um defeito que carrego e e ele se manisfesta de vez em quando, apenas de vez em quando...é igual como quando conhecemos alguém que simpatizamos de imediato e de cara passamos a admirar e fazer propaganda dessa pessoa para as que estão em nosso círculo social, depois de algum tempo ou nos decepcionamos ou a amizade perdura e dura para sempre, é um ou outro não tem jeito.
Essa semana li uma reportagem na revista Claudia que traz na capa a atriz Cissa Guimarães, eu costumo folear as revistas de tráz para frente porque geralmente a ultima matéria que leio é sobre quem faz a capa, sei lá, sempre acho as matérias tão comuns e repletas de elogios futeis, confesso que pela primeira vez quando abri a revista tive vontade de ler a matéria sobre a Cissa, e olha que eu nem gosto dela, ou até então não gostava. A matéria de Dalila Magarian muito bem escrita, me envolveu e mudei minha opinião a respeito dessa atriz, a forma como a jornalista conseguiu mostrar pelo menos pra mim um ser humano que eu desconhecia, que acostumava ver na televisão e achava sem importância, fez com eu pensasse diferente, conseguisse enxergar uma pessoa que é maravilhosa e digna de muitos admiradores.
E o mais incrível foi que achei ela uma pessoa que eu NÃO GOSTAVA, muito parecida comigo na forma de ser e de pensar, que coisa, não?! Na reportagem ela fala de como é dificil ser positiva 24 horas por dia, e continuar fazendo as mesmas coisas, mesmo sabendo que vai continuar se decepcionando, mas tendo a certeza que se deu uma nova chance e que se acontecer de novo tudo bem...Fala também de maneira aberta sobre seus defeitos, sem se colocar acima do bem e do mal e tentando ser ela mesma, sem querer parecer perfeita. Porque as vezes é essa a impressão que tenho quando leio sobre outras pessoas famosas, eles querem mostrar aquilo que não são, e dificilmente falam de seus defeitos, só de suas qualidades.
Mas o que me fez ver a pessoa que ela é e aprender a gostar dela foi justamente a sua história de vida, ela conseguiu deixar de lado o glamour que a profissão tem e falar realmente como ela vive, das contas a pagar, da correria atras de trabalho e de como é dificil chegar onde se quer e sobre estar envelhecendo num mundo cada vez mais tomado pelas jovens, conta também que saiu de casa aos 18 anos para viver praticamente de amor e que nunca voltou mesmo precisando de ajuda...uma dessas histórias que tanto nos comove, mas de raras pessoas que acreditam realmente no seu potencial e seguem em frente sem olhar para traz. Bom, nem preciso dizer que ela ganhou uma admiradora.
Mas a conclusão de tudo isso é que não precisamos deixar de conhecer alguém ou de se interessar pela pessoa só porque tivemos a impressão de que não gostamos dela, temos que nos dar (sim, nos dar, porque quem perde ou ganha somos nós) a oportunidade de conhecer tudo e todos sem a visão julgadora que carregamos mesmo não sendo juízes da vida, dessa forma aprendemos a curtir o que tem ou não tem a ver conosco de uma forma leve sem precisar fazer cara feia ao que aos nossos olhos não precisavam existir...
Essa semana li uma reportagem na revista Claudia que traz na capa a atriz Cissa Guimarães, eu costumo folear as revistas de tráz para frente porque geralmente a ultima matéria que leio é sobre quem faz a capa, sei lá, sempre acho as matérias tão comuns e repletas de elogios futeis, confesso que pela primeira vez quando abri a revista tive vontade de ler a matéria sobre a Cissa, e olha que eu nem gosto dela, ou até então não gostava. A matéria de Dalila Magarian muito bem escrita, me envolveu e mudei minha opinião a respeito dessa atriz, a forma como a jornalista conseguiu mostrar pelo menos pra mim um ser humano que eu desconhecia, que acostumava ver na televisão e achava sem importância, fez com eu pensasse diferente, conseguisse enxergar uma pessoa que é maravilhosa e digna de muitos admiradores.
E o mais incrível foi que achei ela uma pessoa que eu NÃO GOSTAVA, muito parecida comigo na forma de ser e de pensar, que coisa, não?! Na reportagem ela fala de como é dificil ser positiva 24 horas por dia, e continuar fazendo as mesmas coisas, mesmo sabendo que vai continuar se decepcionando, mas tendo a certeza que se deu uma nova chance e que se acontecer de novo tudo bem...Fala também de maneira aberta sobre seus defeitos, sem se colocar acima do bem e do mal e tentando ser ela mesma, sem querer parecer perfeita. Porque as vezes é essa a impressão que tenho quando leio sobre outras pessoas famosas, eles querem mostrar aquilo que não são, e dificilmente falam de seus defeitos, só de suas qualidades.
Mas o que me fez ver a pessoa que ela é e aprender a gostar dela foi justamente a sua história de vida, ela conseguiu deixar de lado o glamour que a profissão tem e falar realmente como ela vive, das contas a pagar, da correria atras de trabalho e de como é dificil chegar onde se quer e sobre estar envelhecendo num mundo cada vez mais tomado pelas jovens, conta também que saiu de casa aos 18 anos para viver praticamente de amor e que nunca voltou mesmo precisando de ajuda...uma dessas histórias que tanto nos comove, mas de raras pessoas que acreditam realmente no seu potencial e seguem em frente sem olhar para traz. Bom, nem preciso dizer que ela ganhou uma admiradora.
Mas a conclusão de tudo isso é que não precisamos deixar de conhecer alguém ou de se interessar pela pessoa só porque tivemos a impressão de que não gostamos dela, temos que nos dar (sim, nos dar, porque quem perde ou ganha somos nós) a oportunidade de conhecer tudo e todos sem a visão julgadora que carregamos mesmo não sendo juízes da vida, dessa forma aprendemos a curtir o que tem ou não tem a ver conosco de uma forma leve sem precisar fazer cara feia ao que aos nossos olhos não precisavam existir...
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Amigos para sempre!
´´ Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade. Porque amigo é a direção. Amigo é a base quando falta o chão``
Semana passada caminhava pela avenida onde moro e ouvi do outro lado da rua alguém gritando deseperadamente meu nome: - KARLA, KARLA, EI..KARLA! Não costumo olhar, mas estava tão insistente que por curiosidade acabei olhando, era uma amiga querida e antiga daquelas que guardamos no coração para sempre. Quando éramos pré-adolescentes andavámos sempre juntas, dormiámos uma na casa da outra, ficavámos tanto tempo juntas que sabiámos até o que a outra pensava, ás vezes nos olhavámos com aquele ar de cumplicidade quando as duas discordavam de algo, ou até quando concordavamos, aqueles pequenos detalhes que só quem já teve um amigo assim sabe, até o dia em que o pai dela foi transferido para outro estado por causa do trabalho. Eu por incrível que pareça nunca me esqueci disso, nem da data, nem de como estava o dia quando ela entrou naquele carro e nunca mais a vi, do seu sorriso amarelo, de suas lágrimas e do perfume do seu cabelo na hora do abraço, lembro-me bem de todos os detalhes porque eu tinha apenas 13 anos e de certa forma sabia que a nossa grande amizade havia acabado ali. Durante alguns meses tentamos manter contato por meio de cartas, das quais foram se tornando cada vez mais raras com o passar dos anos, na década de 80 não havia o que existe hoje, e-mail, MSN, Orkut, Facebook, essas coisas que facilitam e muito os relacionamentos a distância, naquela época um numero errado na correspondência e a carta não chegava, e claro junto ainda tinham as novidades da vida nova dela, morando numa cidade super populosa e badalada, com praia, gente nova, artistas, não demoraria para ela fazer novos amigos e com certeza uma nova grande amiga, o que era mais do que natural. Com tempo as cartas pararam de chegar e eu deixei de escreve-las...a amizade ficou ali parada no tempo. Ao nos reencontrarmos parecia que o tempo não havia passado e que ainda éramos as mesmas meninas de antes, nos abraçamos, nos olhamos e depois caimos na gargalhada...o motivo, também não sei, mas suspeito que tenha sido de emoção. Falamos de tudo e eu queria saber tudo o que havia acontecido na sua vida desde então, ela me contou muitas coisas boas e legais, mas também muitas coisas tristes como acontece na vida de qualquer pessoa, e ela num momento parou e me disse: - Como é bom te reencontrar! Nesses 19 anos nunca me esqueci de você, e quando brigava com meu pai sempre o culpava por ter perdido minha única melhor amiga! - nem preciso confidenciar o que aconteceu depois né? Eu manteiga derretida como sou... Mas enfim no meio de vários assuntos, começamos a conversar sobre a vida ou sobre pessoas que conhecemos durante ela, e pessoas que nascem e morrem em nossas vidas, e eu fiz uma pergunta a ela que a deixou triste. A pergunta foi: - Quantas pessoas que já passaram na sua vida como amigo ou amiga, conhecido ou conhecidas ficaram ou continuam na tua vida? Ela ficou pensando e me respondeu: - Sabe Karla, pensando bem, pensando precisamente, muito poucas, principalmente muito poucas das quais NÃO me decepcionei. Em um primeiro momento não tive reação, mas depois quando cheguei em casa fiquei pensando o porque de eu me achar tão diferente das outras pessoas, e acabei descobrindo que eu sempre fui uma pessoa muito seletiva nas minhas amizades, e isso desde criança, desde muito tempo, depois que casei conitnuei pensando igual, tanto que na minha casa só entra quem eu realmente gosto, quem realmente é meu amigo, tenho um punhado de amigos dos quais adoro, mas principalmente são amigos de infância, pessoas que eu conheci na sua essência, que só me fizeram bem, e com as quais em sua maioria moldei a minha personalidade, e descobri também que não sou tão diferente assim e que é melhor ter um punhado de amigos que me amam de verdade do que ter um montão de conhecidos que logo me esquecerão. Fiquei feliz por tê-la encontrado e mais feliz ainda por ter retomado essa amizade tão antiga e verdadeira. Disso tudo tirei algo conclusivo, o interessante da vida não é ter um montão de gente ao teu redor, pessoas que muitas vezes nem te conhecem direito, não sabem seus defeitos, só tuas qualidades, esses quase nunca percebem quando você está chateado, quando está triste, ou quando está passando por alguma dificuldade, esses geralmente não te perdoam quando você comete algum tipo de divergência, não concordando com ele, ou querem que você concorde mesmo sendo injusta com algúém...o interessante mesmo é ter amigos que você pode ser VOCÊ mesmo, sem máscaras, com suas qualidades, mas com seus muitos defeitos, amigos pra qualquer hora, amigos PARA SEMPRE!
Obs: Uma singela homenagem aos meus grandes e eternos amigos!
Assinar:
Comentários (Atom)

